quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Relendo: A menina que roubava livros.



Há 5 anos eu comprei o livro: A menina que roubava livros. Não sei por que motivo, razão ou circunstância... mas ao folhear a revista Avon, me deparei com ele,  e sabe quando não é a gente que escolhe o livro, sim ele que escolhe a gente? Acho que foi isso que aconteceu.

Eu comecei a lê-lo de novo... pela terceira vez e essa foi a vez mais incrível. É muito legal fazer isso, por que a cada re-leitura a gente encontra novos detalhes na história que passaram desapercebidos da primeira vez, li em algum lugar que isso se chama leitura semiótica, o ato de perceber maiores detalhes quando se faz re-leitura de histórias, situações, etc.


Liesel é uma menina que tem um grande amor pelos livros, isso talvez se deva ao fato de ela ter achado um, logo após o enterro de seu irmão e por isso livros a façam lembram dele, assim como de sua verdadeira mãe, mas no decorrer da narrativa vemos que os livros se tornam cada vez mais uma necessidade na vida dela.


A estória se passa na Alemanha nazista, começa um ano antes de explodir a primeira guerra e em meio a seus estudos da meia noite com o pai adotivo Hans, as palavras vão ganhando vida... por que sim, ela meio que roubou o primeiro livro ( Manual do Coveiro) sem nem ao menos saber ler.


E ela briga na escola, brinca com os amigos na rua, leva sovas da Irmã Maria, limpa o cuspe que Holtzapfel lança na porta da frente de sua casa, enrola cigarros com Hans, o ouve tocar acordeão, ela e sua familia escondem um judeu no porão, leva e trás roupas lavadas e passadas para as casas nas quais Rosa Hubermann, sua mãe adotiva, trabalha... e ainda rouba livros, coisa que se torna um hábito no decorrer do tempo.


Mas não é só de roubo o seu suprimento literário, ela também ganha 2 no Natal de seu pai, mas também rouba um de uma fogueira que os nazistas fizeram... e em meio a luta pela sobrevivência, Liesel Meminger vive grandes aventuras com o garoto que se pintou de carvão por que queria ser Jesse Owens, chamado Rudy Steiner e vários outros personagens que surgem durante o livro.


Minha vontade de ler de novo surgiu não só por que é uma estória muito boa, mas também por causa do lançamento do filme que vai acontecer no final desse mês.


Pra mim Liesel é uma representante de um tipo de leitor, aquele leitor que faz de tudo para conseguir uma boa estória para ler, uma guerreira na vida, mas que tem sua base emocional nos livros, aquele leitor que não tem uma estante abarrotada, mas que sempre que pode compra um livro novo, ou ganha... ou rouba.

Ana Karoline Martins.



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