sábado, 21 de dezembro de 2013

Imagine só...



Imagine só... se não houvesse o ser humano na Terra? Não existiria lixo, lixo esse que é conseqüência do que é consumido por nós.

O homem é um ser que vive para o consumo, passa em média mais de quatro horas em frente a televisão, absorvendo todo um discurso que o condiciona a um ciclo vicioso de trabalho para consumir marcas e contrair dívidas, para pagar dividas. Sendo que no final, percebe (se é que percebe) que acabou consumindo apenas uma fantasia.

Já é possível sentir os efeitos desse modelo doentio de sociedade, a relação dos homens com seus semelhantes se tornando distante e vazia em plena era das comunicações eletrônicas em rede. Mais vazia ainda sua relação com a natureza, pois é nela que é jogada as conseqüências desse consumo desenfreado. O que não nos serve mais, vai para o lixo, muitas vezes de forma inadequada e ainda fica poluindo o solo por milhões de anos.

Mas em meio a todo esse abuso, o planeta não é passivo, ao ser emitido clorofluocarboneto, metano, dióxido de carbono e outros gases poluentes no ar, a camada de ozônio é atingida, causando sua destruição por conta do acúmulo e dando entrada para os raios ultravioleta nocivos à Terra, aumentando a chance de câncer de pele, sem falar no desequilíbrio do clima com o aumento do efeito estufa, que causa o derretimento das geleiras polares e conseqüentemente a inundação dos territórios.

Na medida em que não preservamos a biodiversidade, o planeta e o que ele tem a nos oferecer colocamos em risco a nossa própria existência na Terra. Por que o problema não é não tirar, e sim a exploração desmedida que o homem faz desses recursos naturais, sem consciência nenhuma do que venha a ser sustentabilidade.

Com o aumento da utilização dos combustíveis fósseis, como petróleo, carvão e gás natural, a concentração de dióxido de carbono duplicou em cem anos, ele começou a se proliferar demais, elevando a temperatura global, somando com a destruição das florestas, que em condições naturais elas regulam a temperatura, os ventos e os níveis de chuva em diversas regiões. Menos florestas, mais alta a temperatura no planeta.

E como se não bastasse tirar, o homem também polui o solo, a água, a atmosfera, trafica fauna e flora, introduz espécies em ambientes que não são naturais deles, caça e pesca ilegalmente... e as conseqüências são uma perda da qualidade de vida, muitas vezes irreparável.

A natureza é para estar disponível para satisfazer nossas necessidades básicas e não refém/vítima do crescimento econômico. Em primeiro lugar devemos colocar o bem estar de todos, a vida das pessoas, dos animais e do próprio planeta. Investir na melhoria das condições de vida e preservar as fontes de energia, ar, água e tudo aquilo indispensável para o equilíbrio ambiental, dando tempo para o planeta respirar/renovar seus recursos naturais, tudo isso é indispensável se quisermos continuar vivendo neste planeta.


Ana Karoline Martins.

sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Troca de livros


Uma vez eu estava no Facebook e encontrei um evento de troca de livros super bacana que acontece em São Paulo e pensei, por que não fazer um também em Fortaleza?

Trocar coisas vem de uma ideologia de negação ao comércio, lucro... enfim, capitalismo. Decidimos então começar pelos livros, mas quem sabe nas próximas edições a gente começar a trocar também roupas, calçados e talvez até discos, como um cara nos sugeriu.

Diferente do que acontece nas transações comerciais, onde eu dou o dinheiro ao vendedor, recebo meu produto e saio muitas vezes friamente, sem dar um bom dia ou mesmo um sorriso de agradecimento e ele a mesma coisa, trocar objetos nos aproxima, nos socializa, conversamos com o futuro dono do nosso produto sobre as qualidades reais que se tem em adquirir um livro por exemplo, contando um pouco de sua história, sem se preocupar em convencê-lo a levar e sim em mostrar o quanto gostou daquela história e que a pessoa talvez também vá gostar tanto quanto você.

Apesar de a gente as vezes pensar que não dá pra viver fora do capitalismo, conseguimos burlá-lo sim, as vezes, afinal o que não necessitamos mais, por que deixar em casa entulhando nossos guarda-roupas, estantes e armários? Tendo várias pessoas que com certeza usariam o que pra você não é mais útil de forma criativa e inovadora.


Nosso primeiro encontro não deu nem 50 pessoas, mas acredito que com uma divulgação maior a gente consiga alcançar um público que tenha essa mesma ideologia ou mesmo vontade de renovar suas leituras de um jeito mais barato e ainda fazer um bem a alguém.

Ana Karoline Martins.