sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Mais pesado que o céu – Sobre a biografia de Kurt Cobain.



Finalmente terminei de ler a biografia de KURT COBAIN, uma história bem triste que me deixou um pouco triste, por trás da imagem sensacionalista de ser um drogado suicida, Kurt sofreu muito durante os seus 27 anos.

Ao saber da morte do filho a mãe de Kurt fez a seguinte declaração: “ Agora ele se foi e entrou para aquele clube estúpido. Eu disse a ele para que não entrasse para aquele clube estúpido.”

Ela estava se referindo a coincidência de Jimi  Hendrix, Janis Joplin, Jim Mirrison e Kurt haviam morrido aos 27 anos de idade. “ Eu nunca mais vou abraçá-lo novamente. Não sei o que fazer. Não sei para onde ir.” – Completa ela.

É incrível a falta que faz uma pessoa quando morre, e mais incrível ainda é ver que tudo isso foi o resultado de uma separação, quando criança os pais dele se separaram e foi aí que começou o seu pesadelo.

Apesar de que desde criança Kurt tinha um certo ar “especial”, tinha um amigo imaginário, era mimado por todos...ele queria mais do que tudo ser um astro do rock e quando conseguiu, não agüentou... no final das contas percebeu que não era aquilo que o preenchia, já no fim, poucos minutos antes de cometer suicídio ele escreveu uma carta:

“ Faz muitos anos agora que não sinto entusiasmo ao ouvir ou fazer música, bem como ao ler ou escrever. Minha culpa por isso é indescritível em palavras. Por exemplo, quando estou atrás do palco, as luzes apagam e o ruído ensandecido da multidão começa, nada me afeta do jeito que  afetava Freddie Mercury, que costumava amar, se deliciar com o amor e a adoração da multidão. O que é uma coisa que eu totalmente admiro e invejo. O fato é que eu não consigo enganar vocês, nenhum de vocês. Simplesmente não é justo para nenhum de vocês, nem para mim. O pior crime que eu posso imaginar seria enganar as pessoas, sendo falso e fingindo que estou me divertido 100%. Tentei tudo que esta em meus poderes para gostar disso (e eu gosto, Deus, acreditem-me, eu gosto, mas não o suficiente).

Me agrada o fato de que eu e nós atingimos e divertimos uma porção de gente. Devo ser um daqueles narcisistas que só dão valor as coisas depois que elas se vão. Eu sou sensível demais. Preciso ficar um pouco dormente para ter de volta o entusiasmo que eu tinha quando criança. Em nossas últimas 3 turnês, tive um reconhecimento por parte de todas as pessoas que conheci pessoalmente e dos fãs de nossa música, mas ainda não consigo superar a frustração, a culpa e a empatia que eu tenho por todos. Existe o bom em todos nós e eu acho que simplesmente eu amo as pessoas demais, tanto que chego a me sentir mal. O triste, o sensível, insatisfeito, pisciano, pequeno homem de Jesus. Porque você simplesmente não aproveita? Eu não sei! Tenho uma esposa que é uma deusa, que transpira ambição e empatia, e uma filha que me lembra demais de como eu costumava ser, cheia de amor e alegria, beijando todo mundo que encontra, porque todo mundo é bom e não vai fazer mal e ela. Isto me aterroriza a ponto de eu mal conseguir funcionar.
Não posso suportar a idéia de Frances se tornando o triste, o autodestrutivo e mórbido roqueiro que eu virei. Eu tive muito, muito mesmo, e sou grato por isso, mas desde os 7 anos de idade, passei a ter ódio de todos os seres humanos em geral. Apenas por que eu amo e sinto demais por todas as pessoas, eu acho. Obrigado a todos do fundo do meu nauseado e ardente estomago por suas cartas e sua preocupação nos últimos anos. Eu sou mesmo um bebê errático e mal-humorado!  Não tenho mais a paixão, então lembrem-se, é melhor queimar do que se apagar aos poucos”
                                                      Paz, amor, empatia, Kurt Cobain.


Você pode observar a tamanha amargura que Kurt sentia, realmente ele chegou ao seu limite, ele teve vária overdoses, e mesmo assim sobreviveu, vivia no limite humano, foi a vários psicólogos, se internou diversas vezes, Kurt era um artista, fazia esculturas, pintava, produzia as próprias capas dos seus discos, capas muitas vezes absurdas que refletiam nada mais do que o que se passava dentro dele.

Ele só queria por fim em tudo o que ele já não suportava mais, não queria apenas buscar um refúgio como ele fazia com a heroína, ele queria por um ponto final em tudo aquilo que ele tentou esquecer sem conseguir.

“ Seus dois tios e bisavô haviam seguido essa mesma pavorosa trilha e eles haviam vencido, ele sabia que também conseguiria. Ele tinha os “genes de suicídio”, como costumava dizer brincando com seus amigos em Grays Harbor. Não queria nunca mais ver o interior de um hospital novamente, não queria um médico de jaleco branco apalpando-o, não queria ter um endoscópio em seu estomago dolorido. Ele estava acabado para aquilo tudo...

...guardou tudo isso como a única cura para uma dor que não passaria. Ele não se importava com a libertação do desejo, ele queria a libertação para a dor.”

Depois de completado o ritual que ele passou anos apenas encenando em sua cabeça, ele ... “agarrou a pesada espingarda, encostou o cano contra o céu de sua boca. Faria barulho: ele tinha certeza disso. E então ele se foi.”

E para finalizar, no funeral Kurt, Courtney fez uma gravação que foi reproduzida para os fãs, ela leu a carta e misturou com comentários dela:

“Quando leu a parte em que Kurt mencionava Freddie Mercury, ela gritou: Para Kurt, porra! E daí? Então não seja um astro do rock, seu imbecil. Onde ele escrevia sobre ter “amor demais”, ela perguntou:  Então, porque você não ficou?       E quando citou a passagem que dizia “ o sensível, insatisfeito, pisciano, pequeno homem de Jesus”, ela lastimou: Cale a boca, safado! Por que você não aproveitou? Embora ela estivesse lendo o bilhete  para a multidão – e para a mídia - , ela falava como se Kurt fosse seu único ouvinte...

...eu não sei o que poderia ter feito. Eu gostaria de poder ter estado aqui. Eu gostaria que eu não tivesse ouvido as outras pessoas. Mas eu ouvi.”

Pois é, gente... a vida inteira de Kurt Cobain foi marcada por grandes dramas, e como eu falei no começo, ele não era apenas um cara drogado e suicida que cantava rock, lendo essa biografia você consegue entender mais ou menos tudo o que ele passou, todo o caminho em que ele percorreu para chegou ao destino final que ele mesmo decidiu qual seria. No final, lendo sobre a missa, a dor da Courtney, a saudade, a incompreensão, tudo isso é de arrepiar... aquele homem ali sofreu demais...

Se você é um fã de Kurt Cobain, eu sei que chegou até aqui e por isso vou re-escrever somente mais algumas considerações, essa foi o padrasto de Kurt que fez: “ Ele tinha o desespero, não a coragem, para ser ele mesmo. Uma vez que você tem isso, você não pode dar errado, por que você não pode cometer nenhum erro quando as pessoas o amam por você ser você mesmo. Mas, para Kurt, não importava que as outras pessoas o amassem: ele simplesmente não se amava o bastante.”

Mesmo em meio de uma vida extremamente conturbada, Kurt animou muita gente, sorriu, brincou, se divertiu, encontrou o amor de sua vida: Courtney Love, que depois da morte do marido se tornou uma mulher meio doida,(ela já era um pouco), como eu pude perceber pela entrevista que ela deu a Mtv, quando ela se apresentou em 2011 no festival SWU, Frances, sua filha que hoje tem 19.


Assim como Kurt não queria que ela tivesse seu mesmo destino, parece que ela vive super bem,está noiva de um vocalista de banda que lembra muito o Kurt :X,  e claro herdou os lindos e inesquecíveis olhos azuis de seu pai – Kurt Cobain- .

Enfim, não dá para falar em poucas palavras desse livro e sobretudo de Kurt Cobain, então o jeito é ler o livro mesmo galera, então se você é fã não pode deixar de ler, é uma história emocionante, e apesar de eu ter encontrado um monte de blog com pessoas falando que o amor da Courtney é falso, que ela só se casou com ele para pegar carona na fama dele e trazer publicidade para a sua banda e de ter mandado matar Kurt e que criou a filha deles numa cultura capitalista e que ela não tem nada haver com Kurt, eu acredito no amor deles... apesar de que só podemos especular, pois eu e muitos fãs e principalmente os jornalistas de tablóides sensacionalistas não convivemos com eles, e só o que tem por aí são fofocas e mentiras, mas também tem gente comprometida com a verdade ou que buscou o máximo da verdade possível para escrever esta biografia que todo fã de verdade tem que conferir!!!

( HEAVIER THAN HEAVEN) = Mais pesado que o céu – Uma biografia de Kurt Cobain; de Charles R. Cross


                                                                                                  Ana Karoline.

2 comentários:

  1. meu nome e PEDRO HENRIQUE BARBOSA nao me comparo com kurt mas minha vida ja foi muito sofrda perdi minha mae aos 8 anos de idade quando eu mas precisave dela ela se foi fui morar na casa de meu tio mas eu achava que nao tava mas dano certo entao invetei de ir morar na casa da minha madrinha onde eu era obrigado a fazer serviços domesticos e muito mais dai conheçi um menini roqueiro que me mostrou o gosto do punk rock era o NIRVANA um video bastou para preencher o vazio que eu sentia uma coisa meio afogada no meu peito era o que faltava tres caras a revoluçao kurt.dave.kriss a batida o som pesado da guitarra e do baixo misturando com a musica nao a musica mas a musica de kurt cabain um cara inesquecivel eu nunca consiguir obter uma amizade durante anos parece que eu sou esquecido do mundo ate que um presente que eu ganhei do marido da minha madrinha rea um cara que me apoiava sabia o que eu tava passando era um prezente de valor que tenho guardado e uma guitarra começei a aprender a tocar e ouvir musicas grunger mas o NIRVANA pre acabou com toda algusti que eu senti cheguei a tomar 50 comprimidos de coraçao de alta pressao ao coraçao para suicidar mas tudo isso quando morava na casa da minha madrinha em BELO HORIZONTE agora eu moro em MONTES CLAROS uma cidade pequena no interior de MINAS GERAIS agora eu sou feliz tenho um emprego otimo curtu NIRVANA toda hora que posso todo dia alcancçei meus obgetivos da vida e so tenho 13 anos tou começando a viver aida mais eu mi sinto industritivel ninguem me dirruba ninguem nesse mundo me derruba

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