Uma vez eu estava no
Facebook e encontrei um evento de troca de livros super bacana que acontece em
São Paulo e pensei, por que não fazer um também em Fortaleza?
Trocar coisas vem de uma
ideologia de negação ao comércio, lucro... enfim, capitalismo. Decidimos então
começar pelos livros, mas quem sabe nas próximas edições a gente começar a
trocar também roupas, calçados e talvez até discos, como um cara nos sugeriu.
Diferente do que acontece
nas transações comerciais, onde eu dou o dinheiro ao vendedor, recebo meu
produto e saio muitas vezes friamente, sem dar um bom dia ou mesmo um sorriso
de agradecimento e ele a mesma coisa, trocar objetos nos aproxima, nos
socializa, conversamos com o futuro dono do nosso produto sobre as qualidades
reais que se tem em adquirir um livro por exemplo, contando um pouco de sua
história, sem se preocupar em convencê-lo a levar e sim em mostrar o quanto
gostou daquela história e que a pessoa talvez também vá gostar tanto quanto
você.
Apesar de a gente as vezes
pensar que não dá pra viver fora do capitalismo, conseguimos burlá-lo sim, as
vezes, afinal o que não necessitamos mais, por que deixar em casa entulhando
nossos guarda-roupas, estantes e armários? Tendo várias pessoas que com certeza
usariam o que pra você não é mais útil de forma criativa e inovadora.
Nosso primeiro encontro não
deu nem 50 pessoas, mas acredito que com uma divulgação maior a gente consiga
alcançar um público que tenha essa mesma ideologia ou mesmo vontade de renovar
suas leituras de um jeito mais barato e ainda fazer um bem a alguém.
Ana Karoline
Martins.
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